sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

domingo, 2 de dezembro de 2007

Maior Site Português de Fotografia


O Olhares é o maior site de fotografia made in Portugal. Com cerca de 96 mil utlizadores registados, 50 mil visitas por dia, e um milhão de fotografias inseridas numa página que separa as fotos por 16 galerias temáticas (arte digital, animais, paisagem urbana, história, retratos, fotojornalismo, entre outras). Podem ver-se nesta galeria pública as fotos mais votadas, mais vistas, mais comentadas, as mais recentes e a foto do mês. Estão também já a trabalhar na publicação de um livro que mostrará 100 fotos de 100 membros do site. O lançamento está previsto para o ínicio do próximo ano.
O Olhares é uma comunidade que permite troca de opiniões e experiências sobre este maravilhoso mundo da fotografia.
Interessantes são os números do Netscope da Marktest que colocam este site numa posição de relevo. De Setembro, mês em que começou a ser auditado, para Outrubro, passa do terceiro para o segundo website nacional mais visitado, logo a seguir ao site do jornal desportivo 'A Bola'- isto numa lista de três dezenas de sites auditados pela Marktest.
Não dispense um passeio por estas lindas imagens...e ao experimentar passar por lá, quem sabe descobre o fotografo que há em si.

Feira de Arte Contemporânea de Istambul

Se tem férias por esta altura, junte o útil ao agradável e viaje até Istambul para visitar a Feira de Arte Contemporânea a decorrer até ao próximo dia 2 de Janeiro no Centro de Convenções e Exposições da cidade. Neste espaço poderá encontrar pintura, escultura, fotografia, artes plásticas, intalações e vídeos de artistas oriundos de 16 países da Europa, América e Ásia. Fica esta sugestão para os amantes de arte (em geral) e da arte contemporânea (em particular).

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Fotografias de Martin Parr

Neste vídeo podem ver-se algumas fotografias de Martin Parr comentadas pelo próprio...

Lente e Luz de Martin Parr


O fotógrafo da Magnun, Martin Parr, apresentou, na semana passada, o seu trabalho na ArteLisboa. As imagens projectadas numa sala (infelizmente) pouco concorrida deixaram no ar algumas gargalhadas pela forma bem-humorada e até excessiva como o fotógrafo faz as leituras dos rituais sociais de massas do ponto de vista dos hábitos ocidentais. As fotos deste inglês não mostram as misérias que povoam o Mundo, mas uma crítica ao exuberante estilo de vida do século XXI. O paradigma do consumismo.
A utilização de flash, como suporte digital, é uma espécie de assinatura dos seus trabalhos e projecta uma ideia de objectividade e clareza. Este artista, que prefere livros de fotografia a exposições, não tem uma visão pessimista do uso de novos suportes digitais como telemóveis, iPods ou a Internet, que considera boa para a fotografia porque ajuda a divulgá-la. E isso reflecte-se em boas notícias para a edição de livros de fotografia.
Pelo visionamento da sua obra percebemos uma chamada de atenção ao desenfreado modo de vida do homem ocidental. Apesar da muita miséria, há uma enorme circulação de dinheiro. Esse homem ocidental também se pode apelidar de 'Incaracterístico', apresentado pelo psiquiatra e ensaísta, António Bracinha Vieira, no livro 'Ensaio Sobre o Termo da História -- 350 aforismos contra o Incaracterístco'. O livro escrito há dezassete anos parece uma antevisão dos dias de hoje. Quem é este Incaracterístico? 'É o homem que vive mergulhado no fluxo da mercadoria, do capital, que vive para consumir'. E se para o romancista Barcinha Vieira esse homem se tornou uma regra nas sociedades, ele está, porém, 'bastante invisível' para o observador comum. Numa análise mais atenta pela lente de Parr, este retrato da sociedade é apresentado com humor e de uma forma mais descontraída. Martin Parr, ao criticar a sociedade, está também a criticar-se a si mesmo -- ' está toda a gente a dizer que a culpa é dos outros', mas 'o que é certo é que a culpa é nossa'. O antagonismo achado nestas leituras é a chave para a compreensão dos dois retratos aqui desenhados. Duas visões (des)concertantes da contemporaneidade.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Mostra da Exposição de Paula Rego

Na exposição era expressamente proibido tirar fotografias. Aqui fica uma óptima oportunidade de espreitar parte da mostra sem lá ter estado...

domingo, 11 de novembro de 2007

Figuras em Paula Rego


















A exposição no Museu Reina Sofia dá acesso a uma outra porta da vida de Paula Rego até então desconhecida. A série de desenhos 'Misericórdia' feitos em 2000 ilustra o ano da morte da mãe, que visitava todos os dias num lar. A pintora guardava mantinha no anonimato esta parte de si, mas (talvez) mais liberta do tormento da perda, decidiu mostrá-los nesta retrospectiva da sua obra.
Outro universo da pintora é revelado no tríplico ' Pillowman', com a representação da figura do seu pai.
A imagética em torno do retrato do ex-presidente Jorge Sampaio, tem duas versões: Paula Rego usou Lila Nunes (sua modelo de eleição) vestida de Presidente e pintou-a. Jorge Sampaio, homem capaz de entender a cabeça da artista, gostou, mas elegeu uma outra versão mais conservadora que se encontra no Palácio de Palácio de Belém.
Os contos tradicionais revisitados pelo olhar da pintora relembram estórias da literatura povoada de heróis , aqui apresentados num embrulho folclórico tão característico da artista inpirada nos costumes portugueses.
Os animais são figurantes que a pintora utiliza para contar as suas histórias nos quadros e segundo a mesma ' representam pessoas'.
A sua obra é pautada pela ambiguidade entre um simbolismo e um dualismo que abre uma plataforma de interpretações sempre à espera da ávida curiosidade de todos.













Dois rostos do humanismo alemão

A exposição de 'Durer e Cranach, Arte e Humanismo na Alemanha do Renascimento', no Museu Thyssen-Bornemisza e na Fundação Caja Madrid, fornece pistas para descobrir o Renascimento alemão. A entrada do Museu anuncia a exposição que confronta dois tipos distintos de humanismo. A mostra reúne 234 obras oriundas de 15 países e pode ser vista em dois momentos que têm início na sala de exposições temporárias do Museu, o primeiro dos quais intitulado 'Os artistas e o seu mundo'. Aqui somos invadidos pela relação dos pintores com Itália e o Renascimento. A relevância é dada à imagem do homem no retrato e na medida. Um trilho pictórico que apresenta a estética dos dois pintores e a sua ideia de nu, com Cranach a demonstrar a sua mestria em torno do nu feminino.

O momento que se segue é a entrada da fundação a comunicar que esta (segunda) secção se intitula 'Um Mundo em Conflito' e permite interpretações diferentes da primeira visita. Neste espaço encontram- se os ecos das circunstâncias que a guerra e a religião tiveram na vida dos artistas. A representação da guerra é um tema muito trabalhado na Alemanha do séc. XV e início do séc. XVI e está bem patente na mostra de Durer, que desenhou armaduras para o imperador Maximiliano e trabalhou na representação do acto bélico. Como continuidade desta sua ´paixão', o humanista alemão escreveu um Tratado de Fortificações, dedicado ao estudo da balística e canhões. Podem observar-se as inovações do pintor ao representar o soldado a pé e a infantaria helvética. Uma novidade para a época.
A interacção dos dois artistas com a religião é outro ângulo de leitura proposto na exposição patente na Caja Madrid. Através de um enquadramento histórico sabe-se que Durer viveu no começo da 'era Lutero' e admirava Erasmo. Era corrente colocar-se a questão segundo a qual a imagem religiosa poderia ser positiva para a fé, mas -- na procura da resposta -- nunca entrou em fundamentalismos conducentes à destruição de imagens. Com um espírito livre estava condicionado politicamente devido à sua condição de pintor imperial. Também presentes na Caja Madrid estão as gravuras que Durer produzia e vendia como complemento da pensão imperial paga por Maximiliano e Carlos V.








sexta-feira, 9 de novembro de 2007

D.Paula, a Rainha do Museu

A rainha Paula Rego instalou-se em Madrid para uma das maiores e mais completas mostras realizadas sobre a pintora portuguesa. Passado mês e meio sobre a inauguração da exposição, é muito significativo observar o número de visitantes que continuam a acorrer ao museu, em forma de inúmeras filas. Depois de se entrar, o universo de Paula Rego estende-se diante dos nossos olhos, num carrossel que ultrapassa as 230 obras entre desenhos (60), gravuras (60), estudos e toda a vasta pintura que celebrizou internacionalmente a pintora. O primeiro momento situa-se nos anos 50 e 60, e mostra os primórdios da carreira da artista, com quadros da época em que frequentava a Slade School of Fine Arts, em Inglaterra. Destaca-se a tela de 'Salazar Vomitando a Pátria'. Seguem-se telas de colagens que nos transportam para o imaginário infantil da pintora e o uso de modelos tendencialmente do sexo feminino, pormenor bem patente em toda a obra da pintora. Paula Rego deixou de fora desta mostra uma fase menos positiva da sua vida, pautada pela morte do pai e doença prolongada do marido, o artista Victor Willing, que também viria a falecer. O tipo de relação afectiva que mantinha com o marido está ilustrada no célebre quadro em que uma rapariga tem um cão ao colo e lhe dá de beber num copo. Depois deste passo de gigante no tempo surge uma artista regenerada. Os olhares que se seguem pelos quadros colocam-nos no 'Reino de Lilliput', tal o tamanho das telas, o volume e a sombra que se impõem, tornando-nos miniaturas junto delas.
O quadro 'Mulher Cão' marca a passagem para o pastel. No catálogo da exposição pode ler-se que ' quando Paula Rego pintou este quadro 40 anos mas tarde, não se recordava de já ter feito algo semelhante' e só ' ultimamente descobriu o desenho original num caderno antigo'. Toda a força que emprega na utilização deste material está bem patente em séries como 'As Avestruzes Dançarinas', 'Aborto' ou o 'Crime do Padre Amaro', entre outros.
Deve ser um orgulho para os portugueses verificar que um grande talento como Paula Rego atrai a atenção de um conjunto tão diversificado de curiosos e amantes de arte, como se pode verificar na visita realizada à exposição.








O Novo Prado

O Museu do Prado renasce mais bonito e renovado. A sua nova imagem serve ainda mais a ideia de espaço público, numa fusão entre o aproveitamento das anteriores infra-estruturas e uma nova arquitectura. Nos quatro dias que se seguiram à sua reabertura, foi oferecida a todos os curiosos ou amantes de arte a oportunidade de visitar, gratuitamente, aquele que é considerado o melhor museu do Mundo. As filas nas várias entradas podiam ser observadas ao longo de todo o 'Paseo del Prado', por onde também se passeavam verdadeiras réplicas de personagens que povoam quadros acessíveis à vista depois de conseguida a entrada no espaço. Momentos únicos para a delícia dos muitos turistas que por ali passaram, juntando-se a espanhóis, não madrilenos, que procuraram a capital num feriado de Novembro.